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21 de maio de 2012

Além dos limites: Words and Music by Saint Etienne



“Quando eu tinha dez anos eu queria explorar o mundo. (...) Eu não ia à igreja, nem precisava”, diz Sarah Cracknell, em “Over the border”, a voz à frente do trio inglês Saint Etienne, formado por ela, Pete Wiggs e Bob Stanley.

A razão de tal declaração não é explicita, mas nem precisa ser. Em vinte anos de carreira Saint Etienne deixa claro que a sua religião é a música. Depois de sete anos, finalmente, a banda inglesa dá as caras com um novo projeto: “Words and Music by Saint Etienne”, que foi lançado hoje, 21 de maio. Com um título claro e objetivo, e uma capa que acompanha um mapa musical com nomes de músicas e memórias de cada integrante.

O compositor e tecladista, Bob Stanley, disse certa vez em entrevista a revista Pitchfork que “é um álbum sobre música, sobre como a música interfere na sua vida, sobre como ela pode definir a maneira de você ver o mundo como uma criança”. Além disso, Words and Music é álbum nostálgico, no melhor sentido, onde nos identificamos com cada letra e mil lembranças musicais vêm à tona a nossa cabeça. 

Com Tim Powell a cargo da produção, “Tonight”, o single carro-chefe, encontra-se com fragmentos de qualquer história de um fã por seu ídolo. O sonho de um dia poder ver seu astro favorito em um show ao vivo. “Retoque sua maquiagem. Cheque o relógio, pois a hora não passa”. Pura nostalgia! Nostalgia essa que também é encontrada em “DJ”, que é sobre como a música te inspira e te faz dançar. Alguém aqui já passou por uma situação parecida? Posso apostar que sim! 

“I’ve Got Your Music” tem o efeito que é justamente tratado na composição. Da mesma forma que essa canção se encaixa no álbum , ela se encaixa na sua cabeça se repetindo, grudando e dando voltas e voltas onde quer que você vá. Uma música viciante! Tão viciante quanto “Popular” e “Last Days of Disco” onde você é tomado pela energia e se deixa imaginar em um local escuro apenas com um globo de discoteca pendurado no teto.

“When I was seventeen”, com batida eletrônica à lá Pet Shop Boys, e sua companheira “I threw it all away”, com um tom folk music, quase um resgate ao seu trabalho de 1994, Tiger bay, entoam-se como alguém que acha que não viveu sua vida de maneira certa. Mas o recado é dado: carpe diem!

O álbum encerra-se com “Haunted Jukebox”. Aquele som “mal assombrado”, aquela música que nos traz memórias especificas das relações, sejam elas quais forem, boas ou ruins. Uma maneira bastante apropriada de terminar um álbum rico com memórias de música - e com música. 

“Words and Music by Saint Etienne” é a prova de que a música pop ainda pode ser feita com boas mãos. É um álbum sobre música, como havia dito, que contribue à música, feito por uma banda que contribue à cenal da música há mais de vinte anos! Saint Etienne é a prova de que uma banda pra ter uma considerável importância na cultura pop não precisa ser bem projetada no mercado americano, vender X ou entrar em charts Y ou Z. 

Você pode até julgar os integrantes como bem velhos ou qualquer coisa parecida. Mas o seu entusiasmo pela música pop ainda permanece intacto. Por fim, a música é sem dúvida o que eles sabem fazer de melhor. 

Eles dizem “estar apaixonados por sintetizadores”. Não importa se uptempo, midtempo, indie dance ou dance pop. O que é importa é que nesse álbum é encontrado modernidade, variedade, polidez e excitação em um caso de 13 canções. De “Over the Border” a “Haunted Jukebox”, Words and Music by Saint Etienne é um presente!


17 de maio de 2012

Campanha no twitter: Sigur Rós no Brasil


Alô fãs da banda Sigur Rós! A banda islandesa comandada por Jónsi lança seu novo projeto dia 28 desse mês, Valtari. E isso significa alguma coisa? Significa o que significa: turnê nova na area.
Pois é, pois é, a gente sabe que Sigur Rós não vende seus discos no Brasil ainda. Para tê-los em sua coleção é necessário importar. E isso pode dificultar uma breve chegada da banda ao país para pelo menos um show em alguma capital. Mas quem sabe? Não custa nada tentar! As redes sociais estão aí super acessiveis para todo reclamar, botar a boca no trombone e pedir show do Sigur Rós no Brasil. 
Então, é o seguinte: você, querido leitor, vai ajudar os fãs da banda a realizarem seu sonho: ver o Sigur Rós ao vivo no Brasil. Não custa nada, é só um tweet. Pouquissimos carecteres. CTRL + C + CTRL + V e tá tudo certo. Ok?

Vamos lá, é só tweetar a hashtag #WeWantSigurRosInBrazil
Ok? Quero ver isso nos trendings mundias ainda hoje!

#WeWantSigurRosInBrazil #WeWantSigurRosInBrazil #WeWantSigurRosInBrazil #WeWantSigurRosInBrazil #WeWantSigurRosInBrazil #WeWantSigurRosInBrazil #WeWantSigurRosInBrazil #WeWantSigurRosInBrazil #WeWantSigurRosInBrazil #WeWantSigurRosInBrazil #WeWantSigurRosInBrazil #WeWantSigurRosInBrazil #WeWantSigurRosInBrazil #WeWantSigurRosInBrazil #WeWantSigurRosInBrazil #WeWantSigurRosInBrazil #WeWantSigurRosInBrazil #WeWantSigurRosInBrazil #WeWantSigurRosInBrazil #WeWantSigurRosInBrazil #WeWantSigurRosInBrazil

7 de maio de 2012

I've Got Your Music: novo single maravilhoso do Saint Etienne


Com certeza você já ouviu a belissima voz da Sarah Cracknell sob as batidas criadas por Bob Stanley e Pete Wigs em algum lugar. Senão, você não sabe o que tá perdendo. A verdade é que os integrantes da banda Saint Etienne contribuem para cena da música pop e alternativa desde 1991. Há 20 anos.
 
Estudos, composições, trilha sonora no cinema e muita atitude compõe toda a trajetória da banda e agora depois de sete anos depois de seu último trabalho, Saint Etienne lança o segundo single de seu novo álbum, Words and Music, na sua página oficial do Soundcloud. Quer coisa mais acessível que essa? Pois essa acessibilidade vai se encontrar no novo trabalho da banda na relação "fã/ídolo"

Dá o play:

Não bastasse essa ligação nas músicas, a banda agora quer mostrar no seu novo vídeoclipe o amor dos fãs por seus ídolo. E você pode fazer parte do vídeo, ok. É só pegar um vinil 12" do seu artista favorito, gravar um vídeo super criativo segurando o disco e enviar para saint.etienne@umusic.com. Mas corre que até amanhã! Vai perder a chance de declarar amor pelo seu artista favorito em um clipe do Saint Etienne? 



Words and Music chega as lojas dia 21 desse mês. Confere aqui mais detalhes sobre o álbum.

(Tchau que eu tô indo gravar meu vídeo bjs)

5 de maio de 2012

Gamei: Fã conta sua primeira experiência com a banda Sigur Rós

Todo mundo certamente tem uma história sobre como conheceu sua banda favorita e inúmeras opiniões sobre seus trabalhos. Esse aqui é o espaço onde eu converso com quem está disposto a compartilhar todas essas experiências pra todo mundo. Conta aí: como você gamou na sua banda preferida?

Pra começar eu conversei com Wilson Freitas, bacharel em psicologia, 25 anos, e fã da banda islandesa Sigur Rós, que está com álbum novo no gatilho, Valtari, pronto pra ser atirado as lojas no dia 28 desse mês. Quem é fã da banda e de música, vale a pena conferir a entrevista:



GB: Como você conheceu Sigur Rós?
Wilson: Conheci Sigur Rós através de um dos meus melhores amigos: Bruno Amorim. Ele me apresentou a banda atravez de um CD com MP3 que ele gravou pra me presentear logo no início de nossa amizade. Lembro de colocá-lo pra tocar no meu som e dormir no sofá ao som do álbum Agaetis Byrjun. Foi paixão a primeira escutada.

GB: Sigur Rós marcou sua vida em algum momento importante? Que momentos você associa diretamente a músicas da banda?
Wilson: Sim, sim. Com certeza! Acho que Sigur Rós marcou muito a minha fase de maturação, de crescimento, orientação sexual, descoberta... O álbum Agaetis Byrjun que significa "Bom Começo" é muito simbólico pra mim. Acho que foi um "bom começo" recíproco.

GB: O que eu mais acho interessante é a delicadeza e o compromisso que eles produzem um álbum,  o tempo que leva para os estudos e a criação, e sem dúvida a ousadia de cantar em islandês que não é uma língua usual hoje em dia. Além de criarem uma língua para usarem nas composições e tudo mais. Nessa parte criativa, o que foi que mais te interessou quando você passou a conhecer mais sobre a banda?
Wilson: Eu acho fantástica a forma com que eles deixam cada álbum novo com uma personalidade diferente, embora nunca deixando de lado o modo Sigur Rós de ser. Eu achei incrível eles inventarem uma língua própria - Vonlenska - pra algumas canções. Acho muito interessante usar a voz como instrumento músical. Algumas pessoas criticam quando falo que escuto música estrangeira e muitas vezes sem saber o que está sendo dito. Acontece que música não é só palavra: é o ritmo, é a emoção pelas cordas vocais, é a ligação direta com o coração e acho que Sigur Rós consegue e muito se conectar comigo nesse sentido.

GB: Você acha que a música deles é inacessível?
Wilson: Acho sim. As pessoas estão acostumadas a escutar música apenas porque é a moda do momento, ou porque é legal pra dançar, pra ouvir bebendo algo. Ou porque é vulgar ou tem uma letra subsersiva. São poucos os que conseguem apreciar a música pelo que ela é, pelos arranjos dos instrumentos, a harmonia, sintonia, a sabedoria nas letras. Tem se valorizado mais instrumentos sintéticos, talvez um reflexo da própria industrialização das pessoas.

GB: Sigur Rós lançar um álbum inteiro fundido em muita abstração e música ambiente não é novidade pra ninguém. Desde "Von", o primeiro álbum deles, até "Takk...", que foi super bem notado pelos criticos devido ao sucesso comercial de "Hoppilolla" na cinematografia até "Valtari", o novo álbum, que já vazou. Na sua opinião qual é a boa sacada desse disco? O que você esperava?
Wilson: Eu realmente esperava algo mais minimalista depois do "Med sud i eyrum vid spilum endalaust", que foi bastante up. Acho que o "med sud" teve uma atmosfera bastante semelhante ao álbum solo do Jónsi. Valtari é o mais minimalista e ambiental. Ele lembra um pouco o que foi o "( )". Na primeira escuta eu achei muito parecido com o Riceboy Sleeps, álbum que o Jónsi e seu namorado Alex fizeram juntos. Mas isso já era de se esperar, pois o Alex participou da produção do Valtari, tem muito da personalidade dele com a da banda. O que é interessante, pois dependendo do meu estado de espírito as músicas podem exercer diferentes sentimentos. Se eu estiver triste, elas conseguem me deixar ainda mais pra baixo e se eu estiver feliz, elas esquentam meu coração. Eu evitei um pouco no início de escutar esse novo álbum, justamente por conta desses efeitos, mas agora já consigo apreciá-lo como merecido. Acho que a canção "Varud" é a que mais se destaca no álbum.

GB: Exceto essa faixa, quais outras você dá mais destaque?
Wilson: "Ekki múkk", "Rembihnútur" e "Daudalog"

GB: Qual seu álbum preferido do Sigur Rós?
Wilson: Já parei pra pensar nisso e acho que ainda não sei. Agaetis Byrjun e o Takk... são bastante parecidos, ao meu ver. Creio que são eles os que mais escuto.

GB: Você costuma ouvir outros artistas islandeses?
Wilson: Sim, sim. Björk, Múm, Mogwai, Amiina e Emiliana Torrini.

GB: E o que você sugere pro leitor que tá conferindo sua opinião aqui? Pode ser um filme, uma música, um álbum.
Wilson: Vou indicar algo do próprio Sigur Rós. Assim como eu comecei, seria um "bom começo" escutar o Agaetis Byrjun. Se você não conseguir gostar do álbum não gostará de nenhum outro. Indico o vídeo da música "vidrar vel til loftarasa" que é de uma beleza impecável.


1 de maio de 2012

Ouça o novo single do Metric: You Without Youth


Metric recentemente lançou uma nova faixa, "You Without Youth", sua nova música desde 2009. A vocalista Emily Haines e o guitarrista James Shaw dizem que queriam "expressar algum tipo de raiva ou ressentimento. E uma espécie de sensação de estar com raiva porque você não começa a experimentar a juventude que tivesse direito".  "You Without Youth" fará parte do próximo álbum da banda, Synthetica, previsto para 12 de junho.

 Dá o play: "Youth Without Youth" by Metric 

#delicinhademúsica

Björk leva prêmio no Webby Awards, o 'Oscar' da internet


A cantora Björk foi hoje agraciada por um dos principais prêmios do Webby Awards, que é considerado o "Oscar" da internet.

A islandesa levou o prêmio por "Biophilia", seu último álbum, considerado o primeiro álbum aplicativo do mundo. A comissão julgadora alega Björk merecer o prêmio pela sua inovação criativa ao universo digital.





Veja aqui a lista completa de vencedores

Da série: álbuns que você já deveria ter ouvido. Ouça "Killer Sounds", do Hard-Fi

Talvez você já tenha ouvido falar nos britânicos do Hard-Fi, talvez não. Desses álbuns maravilhosos que alguém lança e você nunca ouviu, Killer Sounds está nessa lista.

O álbum foi lançado em meados de 2011, produzido pela própria banda mas na maior parte com os toques do produtor Richard Archer. Ainda é possível sentir os dedos de Stuart Price no álbum, o mesmo cara que já trabalhou em álbuns de Madonna, Kylie Minogue, Pet Shop Boys e The Killers. Eu tiro meu chápeu para a banda que ao terceiro álbum se reinventou e apostou em uma nova sonoridade. O álbum é enérgico. Se fosse um álbum de estreia de qualquer banda seria festejado como um começo de carreira brilhante. Killer Sounds Rocks.

24 de abril de 2012

Paul McCartney: I've just seen a Beatle


O que você vai ler aqui não é uma resenha de alguém que se mete às vezes a critico musical ou nada do tipo. Serão apenas relatos de um dos dias inesquecíveis da minha vida: o dia em que vi um Beatle. Um dos quatro membros de uma banda que revolucionou a música no planeta.

Nunca foi de meu costume ouvir Os Beatles. Conheço apenas as músicas mais famosas e um pouco da carreira solo de cada um, e das vezes que os ouvi, sempre foi naquela de relaxar e ouvir algo de diferente pra dar uma quebrada na playlist. Mas fã e colecionador de música que sou, impossível não querer saber nada sobre os caras em biografias e livros ilustrativos.

Mas bem, certo dia, um boato que circulava nas redes sociais se confirmou: Paul McCartney, um beatle, faria show em Recife, Pernambuco. E quando li os anúncios oficiais fiquei feliz por Recife estar recebendo um show deste porte e cheguei a comentar com alguém: “Nossa, é o Paul McCartney no Recife!”.

Não, não, o show do McCartney não estava na minha lista de “Os 10 shows que tenho de ver antes de morrer”, nem de longe. Até porque jamais pensaria que um astro como ele passaria aqui perto.

Articulei com duas amigas fãs da banda dos meninos de Liverpool e decidimos ir juntos. Saímos de Vitória de Santo Antão, que fica a mais ou menos quarenta minutos da capital, às duas horas da tarde para ver o Macca. Filas e mais filas e muita gente! Muita gente! Gente comprando camisas, buttons, o que pudesse para guardar de lembrança daquele dia. E assim fomos seguindo horas de pé debaixo de sol! E que sol!

Portões se abriram com meia hora de atraso. Ingressos a postos? Hora de correr! E 50 mil pessoas correram para disputar o melhor lugar para ver seu ídolo de perto. E eu estava ali, beirando a grade, quase na cara do gol!

Agora era esperar! Pra passar o tempo o que me restava era tomar uma cerveja com minhas amigas e conversar com fãs que estavam por perto. Aí percebi que o Brasil estava ali em peso para vê-lo! Conheci gente de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Fortaleza e uma galera bastante simpática de João Pessoa. Entre conversas e mais conversas, vi que a expectativa do povo estava a mil!

De repente, um filme de trinta minutos com recortes dos principais momentos da carreira do McCartney aparece nos telões. E com pontualidade de um gentlemen britânico, Sir McCartney adentra o palco, no Estádio do Arruda, ao som de “Magical Mystery Tour”. Delírio total! Meu, de meus amigos, e todos ali!

Ousado, o cara apresentou o setlist altamente acessível. The Beatles, Wings e The Fireman, seu projeto de música eletrônica não poderia faltar pra deleite da plateia.

Em “All my loving”, eu já tinha me entregue à energia do cantor e cantei com avidez. Os momentos de diversão e descontração total se mantinham ali. Com muita simpatia e carisma o mestre cumprimenta “Oi, Recife! Oi, Pernambuco! Hoje eu vou falar em português, mas vou falar mais em inglês”. Acabou que falou os dois idiomas na mesma medida e ainda jogou: “Vocês são arretados!”. Sim, Eu ouvi um Beatle dizer em solo pernambucano que seu público era “Arretado!”. O Arruda foi abaixo!

Homenagens aos amigos John Lennon e George Harrison, onde fotos da juventude dos roqueiros eram exibidas no backdrop e no momento mais intimista McCartney, ainda fez questão de nos dizer que estava tocando um instrumento dado por Harrison na época dos Beatles.


Em “Blackbird” McCartney consegue me arrancar arrepios e lágrimas cantando apenas com um violão, a lua, e claro: nós!
O público iluminou completamente o estádio em “Let It be”. Olhei pra traz e pensei “Estou vendo estrelas no chão!” – Jamais pensei que isso fosse possível.


Pirotecnia em “Live and let die”, sucesso da carreira solo do cantor, impacta a todos! E para jogar toda aquela energia armazenada em mim só faltava fechar os olhos, abrir os braços e deixar-me levar pela sinestesia de “Hey Jude”. E ainda elogiou dizendo “That’s very nice all those people holding these NA-Nas”. E depois do bis, solo impactante de guitarra em “Helter Skelter”, só vibrei e pensei: “Estou ouvindo isso ao vivo! Ao vivo!”.



E depois de “The End”, Sir Paul McCartney deixa o palco com a bandeira de Pernambuco em punho! Sim! Eu nunca havia entrado em um estádio de futebol e a primeira vez que o fiz, foi pra ver Paul McCartney, um Beatle, segurando a bandeira de Pernambuco e prometendo um dia voltar!

E se eu já admirava os Beatles e a carreira solo de cada um deles, depois dessa maravilha, só digo uma coisa: Paul McCartney ganhou um fã!

Agora o que me resta é “close my eyes and remember this arretado concert”. E o dia 21 de abril, feriado nacional de Tiradentes, pra mim se eternizou como “O dia de Paul McCartney”. O dia em que vi um dos melhores shows da minha vida. E estava feliz: eu vi um beatle!


 Eu que agradeço, Paul.


Dedico especialmente esse texto a minha amiga Camila Vila Nova.

1 de abril de 2012

Fique na vibeRRR!

Vim quebrar o silêncio do blog trazendo a boa nova para as noites recifenses! Então, vamos lá? Vamos falar de coisa boa? Vamos falar de vibeRRR! Isso, faz um charminho delicioso pra falar o 'R': vibeRRR! Pra você que cansou das mesmas festinhas em Recife naquela de ouvir sempre as mesmas coisas... Naquela de ouvir sempre as mesmas músicas. Naquela de você ter que subornar o DJ pra tocar a música dos seus sonhos pra arrasar na pista. Pois, bem agora você tem mais uma opção para se divertir nos clubes do Recife! Melhor dizendo - A opção!
Lembra daquela música que você tanto ama? Aquela música que você sonhou perdidamente em ouvir em um som alto e de qualidade? Aquela música que você sempre quis que fosse single do seu artista preferido? vibeRRR é tudo isso muito bem mesclado ao melhor do pop e do indie rock da atualidade! E assim que 'the light gon' down' quem fica na vibeRRR é você!
E eu vou tá lá passando o som junto com DJ Cariño e JohnMtths! Então, veeeem!

Só pra você sentir um gostinho tá aqui uma mixtape do Gamma Beat pra você ir já entrando na vibeRRR


Confirme presença já na página da vibeRRR no facebook! e siga no www.twitter.com/festaviber e concorra a prêmios!

29 de março de 2012

MDNA: a droga que vale a pena

Em trinta anos de carreira, Madonna desenhou uma linha tênue entre arte e marketing. A menina que no fim da década de oitenta chocou a mídia com o vídeo de “Like a Prayer”, falou o que tinha para falar sobre religião e amor em um de seus álbuns mais aclamados. Não bastou naquela época a cantora expor suas crenças religiosas, decidiu também falar de sua família: a convivência com seu pai, a saudade de sua mãe e um amargo divórcio com o ator Sean Penn. Sentindo assim uma inclinação para tratar sobre o feminismo. Feminismo este que seria tratato em seu, então, próximo álbum, Erotica.
Sob o disfarce de Dita Parlo, atriz dos anos 30, Madonna preside Erotica com o chicote na mão e língua plantada firmemente na bochecha. Se essa imagem parecia agressiva, até este ponto, sua música estava quente e convidativa para cantar em pró do feminismo, dos gays e da liberdade de expressão.
Anos depois, no final da década de 90, Madonna desperta para sua maternidade e sua espiritualidade às notas musicais sob produção de William Orbit. E por essas e outras, não é à toa que ela é conhecida como a Rainha do Pop.
Dessa vez ela está de volta com seu novo álbum: MDNA. Um anagrama simples que sintetiza o peso de seu nome. Fácil de lembrar, com trocadilhos feitos pelos fãs como Madonna’s DNA ou a sigla MDMA (como é conhecido o ecstasy, na Europa). Mas ao ouvir o álbum, a mensagem é clara: MDNA é o DNA de Madonna puro em letra e na maioria de sua essência musical, com produção a cargo de: Orbit, Martin Solveig, Benny Benassi e Demolition Crew.

O álbum é introduzido com a canção “Girl Gone Wild”, produzida pelo italiano Benny Benassi, durante a qual Madonna recita um ato de contrição sobre um violino criado por sintetizadores. É apenas uma introdução bastante interessante e um ótimo artifício reminiscente de “Like a Prayer” a “Confessions on a dancefloor”. Com uma batida que não foge do convencional, "Girl Gone Wild" tem apenas a relevância que tem por estar na voz de quem está, mas poderia ser interpretada por qualquer outra pessoa.

Para tratar dos assuntos mais pessoais, depois de mais de uma década, e com um trabalho tão pessoal como MDNA, a participação de William Orbit não poderia ficar de fora, já que a química musical entre os dois ficou registrada em dois álbuns, Ray of Light e Music, para explorar seus pensamentos mais íntimos e analisar os restos de seu segundo casamento. Guitarra e violão fraturados, umas das marcas do produtor, chamam toda a atenção em “I’m a Sinner”. E o vocal de Madonna em “Love Spent” é suficientemente confiante para transcender a originalidade da música. Não é só uma das músicas mais sofisticadas do álbum, é também uma das mais relevantes. "I want you to take me like you took your money," ela anseia.

O impacto sobre o divórcio com Guy Ritchie é claramente óbvio na construção das letras e também na melodia. Tiros e mais tiros de armas de fogo em “Gang Bang” e vontade de vingança.  A melodia ainda serve como lembrete de que o que separa Madonna da maioria das outras estrelas da música pop é sua vontade de experimentar coisas novas.
Mas, em “I Fucked Up”, Madonna mostra-se arrependida por erros cometidos em um relacionamento. E assim, como todo ser humano é contraditório com relação aos seus sentimentos quando “relacionamentos conturbados” é o assunto. Madonna descreve, na música produzida por Martin Solveig, suas maiores falhas no seu relacionamento e questiona se um dia é capaz de reatar com o personagem da estória.

A ironia de Madonna também está bastante afiada. Como em “Give me all your luvin’”, com participação das rappers Nicki Minaj e M.I.A., onde a cantora manda um recado a todas as cantoras do mainstream da atualidade: “Eu sou um tipo de garota diferente – E vocês, quem são?”.  Em “I Don’t Give A”, outra canção do álbum com participação de Minaj, onde Madonna diz estar nem aí para opinião alheia. Cá entre nós, uma mulher de 53 anos está pouco ligando para o que os outros pensam, não é mesmo? Com uma batida um pouco r’n’b progressivo, assim digamos, essa canção é tudo que o Hard Candy deveria ter sido.

Músicas como “I’m addicted”, “Some Girls”, e “Turn Up the Radio” são cativantes mas que acabaram não sendo distintas. Por outro lado, em “Falling Free”, o álbum termina culminando com a voz limpa, meiga e bela de Madonna a belíssimos acordes de violinos.

Diante de tanta inovação e contribuição a cultura pop, ao longo de sua carreira, é naturalmente cobrado de Madonna algo novo, algo jamais visto e ouvido, o que é somado a sua inteligência e senso artístico fora do comum a escolha de produtores desconhecidos em seus trabalhos. E tudo isso é somado a um desespero por qualquer coisa nova que possa vir a aparecer na mídia e um mercado carente de rostos novos na cena da pop music. Mas quem disse que Madonna não pode resgatar e remexer seu próprio baú? Se a cena dance já está tão ascendente no mercado musical como está hoje, o que Madonna fez foi apenas lapidar e melhorar o que já existe, em seu novo projeto. E fez tudo isso com a cara dela.
Para quem interessar os números, até o momento em que escrevi essa resenha, MDNA é um sucesso de vendas! Na pré-venda do álbum na internet, pelo iTunes, dois milhões de pessoas compraram o álbum sem nem adivinhar o que poderiam encontrar pela frente, e no dia de seu lançamento, 26/03, o álbum atingiu o número #1 em 40 países. Em apenas dois dias, o álbum já é disco de platina no Brasil.

Aos fãs da Rainha que reprovaram seu último trabalho, digo: sintam-se recompensados! MDNA é uma ótima surpresa que vale muito a pena! MDNA é o álbum que dá continuidade ao seu legado! A mesma mulher que cantou a força feminina há 20 anos atrás, mostra que ainda mantém firme seu pensamento coerente!
Encerro esse texto fazendo minha as palavras de Nicki Minaj em “I Don’t Give A”: There’s only one Queen, and that’s Madonna, bitch.

11 de março de 2012

Roxette e Paul McCartney fazem shows no Brasil e Recife está na rota!

Vim quebrar o silêncio do blog com uma notícia lindamente perfeita para todos os pernambucanos fãs do Roxette, fãs do Paul McCartney e fãs de música: O duo de pop rock e a lenda viva do rock 'n' roll confirmam shows no Brasil em 2012 e Recife está na rota!
Não precisa voltar pro começo do post, eu posso repitir: Roxette e Paul McCartney irão fazer shows no Recife. 
Ano passado o duo Roxette passou pelo Brasil para realizar 4 shows e esse ano, para promover o novo álbum "Travelling", que tem lançamento marcado no dia 30 de março, resolveu dar mais uma passadinha pelo país e pisar em solo recifense com a Charm School World Tour, no dia 18/05, no Chevrolet Hall, para nossa alegria! Já Paul McCartney, é o terceiro ano consecutivo que o cantor se apresenta no Brasil, e este ano confirmou dois shows em Recife, confirmados pela empresa Planmusic. As datas dos shows do ex-Beatles ainda não foram confirmadas.

Ingressos para Roxette neste link ou nas Lojas Renner:

Pista | R$ 70,00 (meia-entrada) e R$ 140,00 (inteira)
Frontstage (1º Lote) | R$ 85,00 (meia-entrada) e R$ 170,00 (inteira)
Camarote 1º Piso (10 pessoas) | R$ 3.000,00
Camarote 2º Piso (10 pessoas) | R$ 2.500,00
Camarote 3º Piso (10 pessoas) | R$ 2.000,00

5 de março de 2012

Ouça "Nova", a parceria entre Burial + Four Tet


Aqui uma surpresinha só pra te fazer feliz nessa segunda-feira. Four Tet divulgou em seu twitter uma música com a colaborção do Burial. Com isso a gente só fica na vontade de ver o show do cara do Sónar São Paulo, né? Ele se apresenta no festival no sábado, dia 12 de maio. Já garantiu seus ingressos? Vai perder? Adquira já o seu!

Ouça:
Burial + Four Tet - Nova

4 de março de 2012

Segundo álbum de Paloma Faith tem produção de Nellee Hooper

A cantora e compositora britânica Paloma Faith se prepara para lançar seu segundo álbum, "Fall to Grace", dia 28 de maio. 

Palominha lança o primeiro single do novo álbum, "Picking up the pieces", 20 de maio. "O meu novo álbum tem assumido um tom bastante 'cinematográfico', mas o single carro-chefe é um exceção", revela.


Agora vem a melhor parte: Faith acrescentou que trabalhou com o produtor Nellee Hooper em seu novo projeto. O mesmo cara que já trabalhou com artistas como Massive Attack, Björk, Garbagee, No Doubt, Gwen Stefani e Madonna. Sentiu o drama? Pois é, é com o Hooper que ela decidiu encarar os desafios de um segundo álbum.

Ele disse que seu primeiro encontro com a cantora o lembrou a primeira vez que ele conheceu Björk. "Ah, na hora do almoço, ela se sentou e conversou com tantos detalhes, sobre tudo... como se cada canção fosse um curta-metragem, referenciando tudo, desde cinema romântico chinês ao hip-hop."


Agora é só esperar, né? Maio tá batendo na porta. JÁ QUERO ESSE DISCO!

26 de fevereiro de 2012

Detalhes sobre o novo álbum do Saint Etienne: Words and Music



No mês passado, a banda britânica Saint Etienne voltou depois de uma ausência de sete anos com um novo single: Tonight. A banda não esperou a poeira do carnaval e divulgou o nome, capa e data de lançamento de seu próximo álbum, que será intitulado "Words and Music", e chega às prateleiras no dia 21 de maio e virá nas edições Standard, Deluxe, LP e uma versão boxset especial.

Aqui capa do Words and Music. Curtiram?
Tracklist:
1. Over the Border
2. I've Got Your Music
3. Heading For the Fair
4. Last Days of Disco
5. Tonight
6. Answer Song
7. Record Doctor
8. Popular
9. 25 Years
10. DJ
11. When I Was Seventeen
12. I Threw it All Away
13. Haunted Jukebox


Sabe quando estamos andando na rua, sem compromisso, com um fone de ouvido... quando estamos jogando conversa fora com nossos amigos em um quarto ou se preparando para sair em uma sexta-feira a noite? Então, isso será Words and Music! O álbum vai falar também sobre como a música afeta a sua vida! Como as músicas que você ouviu a vida inteira de repente podem te trazer um novo anexo e junto sentimentos magoados toda vez que você ouvir-las.
Abaixo, confira o vídeo recém revelado vídeo de "Tonight". O single chegará no dia 5 de maio, e conterá remixes do Richard X.

16 de fevereiro de 2012

Kraftwerk faz série de shows no Museu de Arte Moderna


Essa é pra você ver, tirar foto e colocar no mural da sua memória: Kraftwerk vai dar uma série de oito apresentações, cada uma dedicada a um dos seus álbuns. Será uma retrospectiva da carreira dos pioneiros da música eletrônica, no Museu de Arte Moderna. O nome do projeto é "Kraftwerk-Retrospective 1 2 3 4 5 6 7 8", e terá início na noite do dia 10 de abril. Não serão apenas faixas do grupo alemão, mas também outras composições só pra mostrar a influência do grupo sobre a cultura contemporânea. Pouco, não?
Já não basta a genialidade musical dos caras, e a produção do show vem acompanhada de imagens projetadas em 3D. Os álbuns serão apresentados em ordem cronológica, um a cada noite, começando com "Autobahn", de 1974.

Da formação original da banda na década de 70, apenas Hütter vai se apresentar no MoMA.

12 de fevereiro de 2012

A carreira de Whitney Houston em fotos

 Whitney Houston: uma voz de beleza indescritível. Na noite de sábado, 3 de fevereiro, Whitney Houston foi encontrada morta aos 48 anos de idade. O mundo perde musicalmente com a cantora que emplacou vários hits e influenciou vários artistas.
Aqui vai a minha homenagem à belíssima Houston: a carreira da cantora contada em algumas fotos selecionadas pela revista Rolling Stones.


Clive Davis e Whitney Houston em 1983.

 Grammy por melhor performance pop feminina por "Saving All My Love for You", 1986.

 Ao lado de Jermaine Jackson, em 1984

 Show em 1986, no Boston Garden

 Whitney recém casada com Bobby Brown. Sua união durou até 2007.



 Ao lado da prima, Dionne Warwick (à esquerda), e da mãe, Cissy Houston (ao centro), depois do American Music Awards, em Los Angeles, em 1987 

Houston com o Grammy que ganhou em 1988

 Whitney Houston cantando em um concerto em homenagem a Nelson Mandela, em Londres.

 A cantora com um prêmio em 1986, no American Music Awards.

 Whitney Houston se apresentando em 28 de novembro de 2000 

 No programa Good Morning America, em 2002

 Whitney e Bobby Brown cantando no show VH1 Divas, em Las Vegas, no dia 23 de maio de 2003 

 A cantora se apresentando no American Music Awards de 1994.

 No BET Awards, em 1996

 Na O2 Arena. A cantora estava em turnê pela Europa

 A cantora chama John Legend ao palco no especial de 25 anos da Black Entertainment Television, em 26 de outubro de 2005

 Whitney se apresentando na festa pré-Grammy do produtor Clive Davis, em 7 de fevereiro de 2009 

 Cantando "It's Not Right, But It's Okay" durante o Soul Train Music Awards, em 26 de março de 1999, em Los Angeles 

A cantora recebeu um prêmio durante o BET Hip Hop Honors, em 6 de janeiro de 2010 

 Mais uma vez, na festa pré-Grammy de Clive Davis, em 13 de fevereiro de 2011. A cantora também participaria do evento em 2012 

 Apresentação no American Music Awards, em Los Angeles, no dia 22 de novembro de 2009 

 Durante o BET Awards, em 17 de janeiro de 2009 

 Ao lado da filha, Bobbi Kristina Brown, em 12 de fevereiro de 2011

Descanse em paz, querida Whitney!





















7 de fevereiro de 2012

Mogwai, Squarepusher e Austra são confirmados no Sónar

Foto: Squarepusher


Tá chegando! O festival Sónar divulgou hoje em coletiva de imprensa novas atrações que vão fazer parte do evento que vai acontecer na segunda semana de maio, nos dias 11 e 12, no Parque Anhembi, em São Paulo.

Entre os novos anunciados estão: Mogwai, DJ Marky Vs Patife, Gui Boratto, Austra, Squarepusher, Jeff Mills, Hudson Mohawke, John Tallabout, Totally Enourmous, Extinct Dinosaurs e Gang do Electro.

A equipe do Sónar já havia confirmado anteriormente outras presenças de peso como Björk, Justice, Little Dragon e James Blake. E para adquirir os ingressos é só acessar Ingresso.com

Nos vemos lá!

5 de fevereiro de 2012

Paul McCartney receberá estrela na Calçada da Fama

Difícial de imaginar que Paul McCartney era o único dos Beatles que não tinha uma estrela na calçada da fama até outro. Pois é, você nunca notou que o cara nunca teve a famosa estrelinha na Walk of Famous? Então, essa cerimônia era pra ter acontecido desde 1998, mas por uma série de razões sempre era adiada.

Finalmente Sir McCartney irá receber sua estrela no boulevard mais famoso do mundo, em uma cerimônia que está agendada para o dia 9 de fevereiro.

Ao menos ele pode saber como é receber uma honra dessas. Lennon e Harrison receberam a deles mais de 7 anos após suas mortes.
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